
Nasci no sugestivo ano de 1969, sob o signo de sagitário, em Natal - a famosa cidade do sol, no Rio Grande do Norte (mais elemento fogo, impossível!): Filho de militar, tive a infância em Niterói, Rio de Janeiro, regada a muito Monteiro Lobato, gibis, teatrinho de rua e desenhos animados da TV. Coincidência ou não, meu primeiro disco a tocar na vitrolinha foi o vinil “Baby” da Gal Costa. Minha adolescência foi típica a do rebelde-sem-causa, cursando o técnico em edificações, faturando como free-lancer desenhando, pintando, cortando e colando o arsenal didático infantil de escolas particulares, torrando tudo em lançamentos pop-rock, “Baby& Pepeu” e chocando a todos com meu visual vagabundo-chique de jeans de grife propositalmente rasgados, cabelos parafinados e descoloridos, gestual punk e português impecável para a idade...

Comecei a trabalhar de carteira assinada bem cedo (aos 18 anos – finalzinho dos 80’s) em grandes construtoras da capital potiguar onde viajei quase o nordeste inteiro exercendo a função rotineira de rapaz correto. Porém, nos horários livres me vingava do tédio diário pintando quadros, silkando camisetas e remixando pop-hits por encomenda. Nesse período enchia cadernos e agendas com textos, poemas, relatos de uma pessoa com sede de arte num diário escrito a mão que me acompanhava dentro de uma mochila velha de guerra. Me chamavam de “Baby” devido a pouca idade e eu acabei gostando até o dia em que assumi esse sobrenome ao construir meu primeiro e-mail. Com o universo da internet, soltei as poucas correntes que ainda me prendiam e comecei a escrever em meu primeiro blog, o “Marquinhos Baby” que se destacou dentre muitos pela forma simples de “conversar” com os leitores virtuais, contado casos do meu dia a dia de maneira divertida, a ponto de prender e conquistar as pessoas que por acaso me visitavam pela primeira vez: comecei a ganhar fãs e convites para também exprimir minha irreverência e sinceridade em outros sites, colaborando em vários ao mesmo tempo, virando celebridade virtual em poucos meses!
Mas em 2000, com a fama, vieram os problemas: devido a uma mal planejada super-exposição de minha persona na web, tive a privacidade invadida, literalmente estuprada... E, sem pensar duas vezes, dei um “control-alt-del” em tudo, pausando por um período essa minha promissora e perigosa vida de emergente cultural.

Daí surgiu o Orkut onde bombei novamente! Isso devido ao fato das pessoas nunca terem esquecido (para minha surpresa) do tal “Marcus Baby”, o agridoce cara “fodão”que todos curtiam! E se aproveitando da interatividade deste site de relacionamentos, a galera passou a compartilhar não só meus textos, como também meus projetos musicais, ensaios fotográficos e tudo mais que o cyber-espaço permita e eu possa controlar! Voltei então aos
blogs, as colaborações, e paralelamente iniciei a realização de um sonho,
o hobby de customizar bonecos em celebridades. Em 2005 comecei a trabalhar em silêncio na minha primeira custom doll para poder em 2008 ser “descoberto” pela mídia digital, impressa e televisiva. Hoje com uma super coleção, virei o “Gepeto dos tempos modernos”, onde consegui transformar esta erudita arte em algo deliciosamente popular. Sou reverenciado por famosos, fãs da arte e formadores de opiniões. Marcus Baby agora é pop. E o pop não poupa ninguém, kkkkkk...